Um amador,
que nunca foi muito amante de poker,
assistiu um amigo
se tornar um jogador sério.
A princípio,
nada relevante.
Grande coisa,
a ele não interessa o que se passa
na vida dos outros.
Mas com o passar do tempo,
esse novo jogador sério
foi conquistando seu respeito
com sábias palavras
e valiosos conselhos.
Até que um dia,
por pura curiosidade,
o amador resolveu ler livros
sobre a nova paixão do jogador sério,
obter o conhecimento direto da fonte.
Antes mesmo de bater os olhos na primeira página,
o amador ao ler os comentários sobre os livros
se fascina
com a habilidade e conhecimentos
que esses livros podem oferecer.
Depois de ler as dez primeira páginas do primeiro livro,
o amador já passou para outro nível.
Já estava mais distante da massa,
do senso comum,
e da influência da sorte.
Quanto mais se lia,
mais empolgava-se o amador.
E mais se viciava em obter todo esse conhecimento.
O jogador amador
nunca colocou seu novo conhecimento em prática,
com cartas.
Assim como deve ser feito no jogo,
o novo jogador
sempre buscava lucrar o máximo possível
e minimizar suas perdas.
Cada pessoa com quem o jogador tinha contato
ele tentava extrair
o que ela tinha de melhor para oferecer.
Antigos amigos
pareciam outras pessoas,
novas pessoas para o jogador.
Ele agora podia ver além das aparências
e além do que ele achava que sabia sobre elas.
No mundo do poker,
a essa habilidade
se dá o nome de "leitura".
"Ler" uma pessoa
é saber quais cartas ela tem na mão
e qual será seu próximo movimento.
Habilidade bem maquiavélica,
assim como a maioria das habilidades
para se dar bem no poker.
Sorte nossa que o jogador
tem bom coração.
Outra grande lição
que foi passada ao jogador é
o modo como ele lida com as situações
e com o jogo como um todo.
Ele não mais se pergunta:
"o que devo fazer nessa situação?"
Essa pergunta é incorreta, não tem resposta.
A pergunta correta, que atualmente o jogador faz a si mesmo é:
"o que devo levar em conta, ao tomar essa decisão?"
As perguntas parecem equivalentes,
mas a diferença entre elas
determina quem vence no poker.
O jogador se encontra em um rítmo frenético,
tudo é um jogo,
tudo é um esquema de alguém contra o jogador.
A TV é uma tentativa de tirar a opinião das pessoas.
A internet só mostra notícias que lhe são convenientes.
O rádio pode falar só o que a maioria pensa que gostaria de ouvir.
Todos são maus e só falam o que nos faz fazer
suas próprias vontades egoístas,
a menos que se prove o contrário sobre eles.
É uma guerra
constante
e contra tudo
e contra todos,
contra si mesmo.
Não há paz para o jogador,
não há canção de ninar que o faça dormir
não historia que o faça sonhar.
Não há nada,
além de suas armas empunhadas
e sua vontade de viver.
Na humilde opinião do narrador,
existem aliados ocultos
que o jogador opta por não ver.
Pelo menos não na hora de seu jogo.
Isso o tornaria vulnerável.
"Sorte nossa que o jogador
ResponderExcluirtem bom coração." ~> Ou n neh jow :P
hahahah E, depois desse post, notei que o meu outro comentário perde mesmo. Digo, realmente, assim como num jogo de Roleta, até que temos que analisar as posibilidades, mas não estamos lidando com a leitura que temos que ter num jogo de poker, na vida. Boa.
hahahaha
ResponderExcluirO jogador é do bem sim!
Só que jogo é jogo né.
Ele é uma boa pessoa,
quando está fora da mesa.
Os 3 posts que eu escrevi
falam só da idéia central
do poker, e de maneira superficial.
Tem MUITO mais coisa pra se saber sobre o jogo.