domingo, 17 de janeiro de 2010

Amor de mãe

Uma dia uma mãe chamou pelo seu filho.
Mas não houve resposta.

Já tinha passado da hora do jantar,
a comida estava na mesa, esfriando.

A pobre mulher procurou por seu filho em toda parte,
na casa toda,
no quintal,
na rua.

Mas tudo o que a mãe pode encontrar
foi um bilhete deixado por seu filho
que dizia:

"Não posso ser feliz com uma mãe assim,
estou partindo para nunca mais voltar.
Vou morar com o meu pai,
gostaria muito que você não viesse atrás de mim."

Como era de se esperar,
a mãe ficou desesperada
sem saber o que fazer.

Como o seu próprio filho
que ela amou tanto,
que ela sempre protegeu
simplesmente foi embora
para nunca mais voltar?

A partir desse dia
essa mulher reconstruiu sua vida.
Procurando respostas,
a mãe começou a pensar.

Primeiro pensava no que havia feito para o filho,
depois a pensar no que havia feito aos outros.
E depois disso essa mulher largou mão da alienação de dona-de-casa
para poder pensar de fato, a pensar em tudo.

Pensava por pensar,
não precisava mais ter um motivo.
Ela até pensou que sua mente
a estava enganando, tudo para poder esquecer a perda do filho.

Mas graças à perda do seu querido filho,
a mulher mudou radicalmente.
Passou a tratar os outros com mais respeito.
Inclusive, passou a ser tratada com mais respeito pelos outros.
Tudo devido às suas novas idéias,
à nova mulher que havia nascido da tragédia.

Mas mãe é mãe.
Mesmo com todo esse avanço,
possível somente pela perda do filho.
A mãe nunca deixou de esperar pelo menino.
A porta de sua casa sempre esteve aberta
e o prato de comida do garoto é sempre servido no mesmo horário.

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