Antes uma morte instantânea,
um corpo vaporizado em microssegundos
do que uma vida numa masmorra
fria e escura,
sem saída.
Canso de ouvir a mesma música
sem parar, toda hora.
Canso de olhar para sempre os mesmos quadros,
as mesmas faces de porcelana.
É como ficar preso em um museu sozinho.
Sabe-se exatamente onde cada quadro,
cada obra está. E não há nada que se possa fazer
para mudar o que aconteceu.
O que aconteceu sempre se repetirá,
todos os dias, toda hora.
É isso que é um museu,
sempre tudo igual.
Uma instituição de caráter permanente.
Ironicamente,
a solução para esse inconveniente
vem do passado,
de um passado tão ruim quanto esse museu-masmorra.
Uma simples pá,
para enterrar esta instituição falida.
Caso a instituição não possa ser enterrada,
ao menos posso ser enterrado,
nem que ainda esteja vivo.
Talvez não apenas uma pá,
ResponderExcluirMas uma bomba, um explosivo.
Tem instituições que merecem ser destruidas,
E não apenas enterradas....