Minhas migalhas de pensamento
estão convergindo para algo maior.
Não sei ainda o que é,
mas tenho uma vaga impressão do que seja.
Sempre que penso em algo,
vejo que isso já foi lido ou escrito
por mim antes.
Vejo que, de fato,
tenho colocado em prática
aquilo que descobri.
Tenho agora um novo filtro para as pessoas.
Posso diferenciá-las em duas categorias:
as que engolem minhas mentiras
e as que não engolem.
As que engolem minhas mentiras,
vivem de aparências,
tem visão de curto alcance,
priorizam quem estiver ao ser redor
e não quem as têm como prioridade.
As que não engolem minhas mentiras,
me desmascaram,
me dizem o que já havia pensado
e ainda podem contestar meus pensamentos.
Realmente aprecio
quem não engole minhas mentiras.
E certamente não desprezo quem as engole,
apenas espero que um dia possam me desmascarar também.
Não tenho direito algum
de fazer com que os outros mudem.
Não posso derrubar crenças
que sei que são falsas.
Seria errado, seria um desrespeito
ao pensamento alheio.
Seria simplesmente um julgamento.
Achar que meu pensamento é superior
e condenar quem discordar dele.
Alias,
como seria possível
se sentir superior
por enxergar uma fração do óbvio
e juntar meia dúzia de migalhas
de pensamento?
Realmente,
sou lazarento bem azarado
por escolher a verdade
ao invés da felicidade.
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