Vários lugares.
Várias pessoas.
Várias situações:
Ruins, boas, marcantes, rotineiras, entediantes, empolgantes.
Tudo, todos, sempre, nunca.
Muito rápido.
Um momento passa mais rápido do que um pensamento.
A realidade é mais louca que o delírio mais intenso
do mais louco dos loucos, no hospício mais perigoso.
Não há o que fazer,
não há o que pensar.
Ao som de um estalar de dedos alheio,
tudo se transforma.
Novas regras agora regem a realidade.
Não que elas necessariamente sejam declaradas.
Mas por mais que tudo mude em instantes,
por mais que tudo fique de ponta cabeça
o final é sempre o mesmo.
A única certeza
é o nada.
Por mais que a viagem seja longa,
louca, rápida, lenta. Qualquer que seja.
O destino é um só.
O lugar de onde vim
e de onde nunca deveria ter saido.
Pelomenos
ao final de cada viagem
encho minha bagagem
e minha memória
de coisas que
talvez sejam úteis para alguém um dia.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Over and over again
Antes uma morte instantânea,
um corpo vaporizado em microssegundos
do que uma vida numa masmorra
fria e escura,
sem saída.
Canso de ouvir a mesma música
sem parar, toda hora.
Canso de olhar para sempre os mesmos quadros,
as mesmas faces de porcelana.
É como ficar preso em um museu sozinho.
Sabe-se exatamente onde cada quadro,
cada obra está. E não há nada que se possa fazer
para mudar o que aconteceu.
O que aconteceu sempre se repetirá,
todos os dias, toda hora.
É isso que é um museu,
sempre tudo igual.
Uma instituição de caráter permanente.
Ironicamente,
a solução para esse inconveniente
vem do passado,
de um passado tão ruim quanto esse museu-masmorra.
Uma simples pá,
para enterrar esta instituição falida.
Caso a instituição não possa ser enterrada,
ao menos posso ser enterrado,
nem que ainda esteja vivo.
um corpo vaporizado em microssegundos
do que uma vida numa masmorra
fria e escura,
sem saída.
Canso de ouvir a mesma música
sem parar, toda hora.
Canso de olhar para sempre os mesmos quadros,
as mesmas faces de porcelana.
É como ficar preso em um museu sozinho.
Sabe-se exatamente onde cada quadro,
cada obra está. E não há nada que se possa fazer
para mudar o que aconteceu.
O que aconteceu sempre se repetirá,
todos os dias, toda hora.
É isso que é um museu,
sempre tudo igual.
Uma instituição de caráter permanente.
Ironicamente,
a solução para esse inconveniente
vem do passado,
de um passado tão ruim quanto esse museu-masmorra.
Uma simples pá,
para enterrar esta instituição falida.
Caso a instituição não possa ser enterrada,
ao menos posso ser enterrado,
nem que ainda esteja vivo.
domingo, 16 de maio de 2010
Saldo, positivo ao menos
Algo bom, enfim.
Poder separar as coisas,
organizá-las em causas e consequências.
Descobrir quais pequenas coisas
fizeram a diferença.
Identificar a borboleta cujo bater de asas
causou o grande furação em um lugar distante.
Descobrir quais erros foram ocasionais
e quais foram intrínsecos.
Poder olhar tudo isso de cima
é realmente um privilégio
Só é possível reconstruir uma alma alheia
quando a sua própria se encontra em bom estado.
Só é possível reconstruir uma casa com um corpo vivo.
Só é possível reconstruir uma cidade, com uma casa que esteja de pé,
com um bom lugar para dormir.
Os melhores conselhos
saem da boca de quem um dia não pode falar.
Só quem sabe o que é a dor pode consolar quem sofre dela.
Só quem já viveu o suficiente sabe no que se apoiar.
Só que já teve dúvidas pode dar uma boa resposta para outras pessoas.
Só se nota o valor dos conselhos
quando o pior já aconteceu.
All in all I got nothing to hide.
Poder separar as coisas,
organizá-las em causas e consequências.
Descobrir quais pequenas coisas
fizeram a diferença.
Identificar a borboleta cujo bater de asas
causou o grande furação em um lugar distante.
Descobrir quais erros foram ocasionais
e quais foram intrínsecos.
Poder olhar tudo isso de cima
é realmente um privilégio
Só é possível reconstruir uma alma alheia
quando a sua própria se encontra em bom estado.
Só é possível reconstruir uma casa com um corpo vivo.
Só é possível reconstruir uma cidade, com uma casa que esteja de pé,
com um bom lugar para dormir.
Os melhores conselhos
saem da boca de quem um dia não pode falar.
Só quem sabe o que é a dor pode consolar quem sofre dela.
Só quem já viveu o suficiente sabe no que se apoiar.
Só que já teve dúvidas pode dar uma boa resposta para outras pessoas.
Só se nota o valor dos conselhos
quando o pior já aconteceu.
All in all I got nothing to hide.
sábado, 1 de maio de 2010
Mudo
Tudo mudando,
sempre mudando.
As pessoas mudam.
O cenário muda.
A mente muda.
O mundo muda.
E eu, mudo.
Mudo, sou incapaz de dizer quem sou.
Mudo, logo não sei quem sou.
Só sei que mudo.
Mudei.
Mesmo não sabendo direito quem era,
sei que não sou mais quem era antes.
Sei que mudarei.
Não importa quem sou, ou quem tiver sido.
Isso me faz pensar:
o que fazer para conhecer quem sou e o que me rodeia?
Alias, pra que quero saber quem sou e o que me cerca,
uma vez que tudo irá mudar cedo ou tarde?
Interessante,
com isso vem mais algumas perguntas:
como conhecer o que te cerca, se não conhece a você mesmo?
Como lidar com o mundo se não o conhece?
Preciso aprender a lidar com isso.
Simples!
Basta observar,
compreender
e descrever como as mudanças ocorrem.
Assim qualquer derrota pode se tornar vitória,
qualquer lugar ruim torna-se um lar,
qualquer pessoa torna-se um irmão ou irmã.
Mas antes,
preciso encontrar algo
que não mude tão rápido
para que eu possa me apoiar
e começar a mudar,
de novo.
sempre mudando.
As pessoas mudam.
O cenário muda.
A mente muda.
O mundo muda.
E eu, mudo.
Mudo, sou incapaz de dizer quem sou.
Mudo, logo não sei quem sou.
Só sei que mudo.
Mudei.
Mesmo não sabendo direito quem era,
sei que não sou mais quem era antes.
Sei que mudarei.
Não importa quem sou, ou quem tiver sido.
Isso me faz pensar:
o que fazer para conhecer quem sou e o que me rodeia?
Alias, pra que quero saber quem sou e o que me cerca,
uma vez que tudo irá mudar cedo ou tarde?
Interessante,
com isso vem mais algumas perguntas:
como conhecer o que te cerca, se não conhece a você mesmo?
Como lidar com o mundo se não o conhece?
Preciso aprender a lidar com isso.
Simples!
Basta observar,
compreender
e descrever como as mudanças ocorrem.
Assim qualquer derrota pode se tornar vitória,
qualquer lugar ruim torna-se um lar,
qualquer pessoa torna-se um irmão ou irmã.
Mas antes,
preciso encontrar algo
que não mude tão rápido
para que eu possa me apoiar
e começar a mudar,
de novo.
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